quarta-feira, 27 de julho de 2011

museu da língua Portuguesa - SP


 

       
26/11/2010
O que se revela quando se diz...
A língua, na maioria das vezes, oferece-nos várias possibilidades para dizer praticamente as mesmas coisas. Escolher a forma mais adequada para cada situação, cotejar usos, comparar registros, sempre tendo em mente a riqueza dos processos de variação linguística, é (ou deveria ser) preocupação de todos os falantes, sob o risco de a intercompreensão e a eficiência de comunicação se perderem.
Autor: Eduardo Calbucci
13/10/2010
Uma política lingüística para o português
Política costuma ser um tema ligado a partidos, deputados e ministros. No entanto, a lingüística possui sua própria política, bem diferente daquela conhecida em Brasília. Saiba a definição exata de ‘política lingüística’ no texto de Ataliba Teixeira de Castilho.
Autor: Ataliba T. de Castilho
13/08/2010
Lendas do Folclore Brasileiro
 As lendas amazônicas se originam, em sua maioria, da cultura indígena, tendo em vista que, para os índios, todo o universo tem um significado: o sol, a lua, as estrelas, o ar, as águas, as plantas, as aves e todos os animais.
Autor:
14/05/2009
Saber uma língua é separar o certo do errado?
A língua é um organismo vivo que varia conforme o contexto e vai muito além de uma coleção de regras e normas de como falar e escrever.

Autor: Ataliba T. de Castilho
14/05/2009
Refletindo sobre a língua portuguesa
Você acha chato estudar a língua portuguesa? Muitos pensam que o estudo se resume apenas à gramática. Mas não é bem por aí. Descubra como a língua portugesa pode ser interessante no texto de Ataliba de Castilho.

Autor: Ataliba T. de Castilho
14/05/2009
O que se entende por língua e linguagem?
Qualquer ser humano reflete todo dia sobre a própria língua. Mas nem todos se lembram sobre a importância dela. Entenda o significado de língua e linguagem no texto de Ataliba de Castilho.

Autor: Ataliba T. de Castilho
14/05/2009
COMPARANDO O PORTUGUÊS DA AMÉRICA COM O PORTUGUÊS DE PORTUGAL E COM OUTRAS LÍNGUAS
O português teve muitas transformações nas terras brasileiras. A língua mudou não apenas nos aspectos fonético-fonológicos e lexicais, mas também nos sintáticos.
Entenda melhor essas diferenças no texto de Mary Kato.

Autor: MARY A. KATO
14/05/2009
COMO SE ESTRUTUROU A LÍNGUA PORTUGUESA?
Perspectiva histórica da fonologia e da morfologia da língua portuguesa.

A língua portuguesa mudou muito durante seus séculos de existência tanto na fonologia quanto na morfologia. Entenda como se estruturou o português no texto de Rosa Virgínia Mattos e Silva.

Autor: Rosa Virgínia Mattos e Silva
14/05/2009
Como, onde e quando nasceu a língua portuguesa?
No texto “Como as línguas nascem e morrem”, você viu que as línguas pertencem a famílias, sendo que o Português faz parte da família das línguas românicas, que por sua vez descendem do Latim, que por sua vez descende do Indoeuropeu. Ótimo, já temos uma árvore genealógica!

Autor: Ataliba T. de Castilho
14/05/2009
Como as línguas nascem e morrem? O que são famílias lingüísticas?
As línguas não são eternas. Pelo contrário, elas morrem enquanto outras nascem e se multiplicam. Mas será que todas as línguas possuem a mesma origem? Descubra no texto de Ataliba de Castilho.

Autor: Ataliba T. de Castilho
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Museu da Língua Portuguesa
Estação da Luz
Praça da Luz, s/nº
Centro - São Paulo - SP
(11) 3326-0775
museu@museulp.org.br
 



 
 



terça-feira, 26 de julho de 2011

FESTIVAL FILE EM SP


ANIMA + ARQUIVO

Este Ano o ARQUIVO, EM SUA 12 ª edição, uma temperatura de Honra LANÇAR UM novo festival, o ANIMA ARQUIVO +, hum Evento Gratuito Dedicado à Animação bis in Criatividade digitais Seu interrelacionamento empreendedorismo como Diversas Vertentes das Linguagens Artísticas Eletrônicas.
O ANIMA ARQUIVO + abre Espaço para Todos OS gêneros de Animação, de Clássicos de Grandes Estúdios Às Produções Independentes, de Profissionais EAo Estudantes. Em Parceria com alguns dos Festivais Maiores do Mundo, SIGGRAPH, SICAF e Japan Media Arts, FILE o ANIMA + Apresenta o total de animações de 406.

ANIMA + ARQUIVO

Este ano, o FILE, em sua 12 ª edição, tem a honra de lançar um novo festival, + ANIMA FILE, um evento com entrada gratuita dedicada à animação e inovação digital em sua inter-relação entre as diferentes vertentes artísticas de linguagens eletrônicas.
FILE ANIMA+ opens spaces for all the genders of animation, from big-studio classics to indie productions, from professionals to students. In partnership with of some of the world's main festivals, SIGGRAPH, SICAF, and JAPAN MEDIA ARTS, FILE ANIMA+ presents a total of 406 animations.
Mauro Carraro, Raphaël Calamote & Jérémy Pasquet - Matatoro - França [France]

FESTIVAL FILE EM SP


ANIMA + ARQUIVO

Este Ano o ARQUIVO, EM SUA 12 ª edição, uma temperatura de Honra LANÇAR UM novo festival, o ANIMA ARQUIVO +, hum Evento Gratuito Dedicado à Animação bis in Criatividade digitais Seu interrelacionamento empreendedorismo como Diversas Vertentes das Linguagens Artísticas Eletrônicas.
O ANIMA ARQUIVO + abre Espaço para Todos OS gêneros de Animação, de Clássicos de Grandes Estúdios Às Produções Independentes, de Profissionais EAo Estudantes. Em Parceria com alguns dos Festivais Maiores do Mundo, SIGGRAPH, SICAF e Japan Media Arts, FILE o ANIMA + Apresenta o total de animações de 406.

ANIMA + ARQUIVO

Este ano, o FILE, em sua 12 ª edição, tem a honra de lançar um novo festival, + ANIMA FILE, um evento com entrada gratuita dedicada à animação e inovação digital em sua inter-relação entre as diferentes vertentes artísticas de linguagens eletrônicas.
FILE ANIMA+ opens spaces for all the genders of animation, from big-studio classics to indie productions, from professionals to students. In partnership with of some of the world's main festivals, SIGGRAPH, SICAF, and JAPAN MEDIA ARTS, FILE ANIMA+ presents a total of 406 animations.
Mauro Carraro, Raphaël Calamote & Jérémy Pasquet - Matatoro - França [France]

sábado, 16 de julho de 2011

Contos do Cupim - O último Desafio



O Último Desafio

Domingo à tarde os casais se dirigem para as praças e parques da cidade, procurando um pouco de diversão. A ver os casais entrando num desses parques, me lembro da minha derradeira incursão por um desses estabelecimentos de diversão com brinquedos motorizados, que testam a nossa coragem e tem com maior característica o perigo. Criado no subúrbio carioca, desde muito novo, minha macheza já era visível e notória desde jovem. Mas nem sempre foi assim, quando pequeno era diferente dos outros meninos, gostava de brincar com bonecas, pular corda, entre outras brincadeiras de menina. Porém filho de militar tive de aprender a gostar dos brinquedos que recebia de meu pai, tais como: revolveres, espadas, carrinhos de bombeiros, essas coisas que todo o garoto aprende a gostar de cedo. No carnaval era sempre a mesma coisa, eu queria me fantasiar de odalisca, Carmem Miranda, Marilyn Monroe, Etc... E meu pai sempre vinha com fantasias de índio, policial, militar, Etc... Na adolescência conheci uma turma, que estudava comigo no colégio militar, mas só queriam saber de zoar. Apesar de dá muito gosto a meu pai, que sonhava me vê fardado, continente a uma instituição de renome e tradição no espírito de disciplina e honra, que para ele só era concernente ao corpo de infantaria do Exército Brasileiro. Ele não ficou surpreso, quando larguei a vida de militar e fui trabalhar em uma repartição pública como escriturário. Coincidência ou não, quase todos os meus amigos de fanfarras e balburdias também optaram por uma carreira menos marcial. Contudo começamos a fazer além das festas, alguns concursos e disputas. Na maioria das vezes as disputas eram para ver quem tinha mais coragem. O que deixava meu pai super orgulhoso de mim. Preservando assim, a gorda mesada dada por ele, que custeava as minhas incursões pelo mundo da macheza.

Eu e minha turma disputávamos em tudo, testávamos nossa coragem sempre que podíamos. Eram viagens de aventura, festas de final semana inteiro, bebedeiras intermináveis, desafios de vídeo game, Etc... Mas era no parque que as coisas ficavam realmente feias, o brinquedo preferido da turma, era formado por uma marreta e um pino, batíamos nesse pino e quem o levasse ao lugar mais alto, vencia. Quem perdia, pagava para todos. Apesar, das festas, do trabalho e dos amigos. Sentia que algo estava errado em minha vida, queria mudar, fazer algo diferente, mas não sabia exatamente o quê. Nesta época ficamos sabendo da construção de uma nova Montanha Russa num parque muito famoso nas cercanias de onde morávamos. O alvoroço foi geral, a turma queria saber quem seria o primeiro a testar aquele espetacular aparelho de torturas.


Marcamos no final de semana subsequente ao término da construção do tal brinquedo e abertura dos portões. Entramos no parque muito animados, nos dirigimos diretamente para a fila. Só quando me aproximei pude contemplar aquela obra faraônica, suas curvas, subidas e descidas, só poderiam ter brotadas de uma mente doentia. O trajeto do carrinho começava com uma grande subida seguida de uma descida maior ainda, depois dois loopings, seguidos de uma espiral dupla, mais algumas curvas e o retorno. Durante todo o período de espera na fila brincamos, falamos alto, uma encarnação só. Mas o clima começou a mudar quando nos aproximamos da entrada do brinquedo. Antes de sentar no assento do carrinho toda a minha vida passou pela minha cabeça e as lembranças pipocavam como bolhas na lava. O medo era enorme, mas a vontade testar meus limites era maior. Respirei fundo e entrei na montanha russa Monte Aconcágua, o carrinho subiu. Até aí tudo bem! A descida foi aterradora, mas segurei a barra! Logo depois veio o primeiro looping, seguido do looping reverso, que quase acabou comigo. O percurso já estava na metade e coisas estavam indo apertadas, mas estava dando para segurar. Já estava até ficando aliviado, mas então veio o espiral duplo. Nesta hora eu pensei a onde estaria o dono da mente doentia que projetou este monumento à idiotice coletiva humana. Meu coração batia forte, prendi a respiração ao entrar na primeira curva espiralada, o carrinho deu a primeira volta e pareceu-me uma eternidade os momentos que fiquei de ponta a cabeça, mas passou. Aliviado soltei a respiração e mesmo antes de terminar começou a segunda curva, o carrinho subiu e meu corpo subitamente ficou solto no ar.

O pânico tomou conta de mim, acho que a minha pressão baixou, a vista ficou turva e lá do fundo da minha alma veio um grito, que começou no final da curva, e só acabou muito após o freio do carrinho já na saída do brinquedo. Quando dei por mim, as pessoas, agora já fora dos carrinhos, me olhavam de uma forma estranha. Só aí percebi que tinha embichado. Descontrolado saí correndo do tal brinquedo, mas deixei minha macheza no segundo espiral da Montanha Russa Monte Aconcágua. Não me arrependo daquele dia, a minha repartição perdeu um letárgico escriturário, chamado Luiz Paulo. Meus amigos perderam um ataráxico companheiro de aventuras, que atendia pela alcunha de Paulão. Mas o mundo ganhou um exuberante transexual! A maravilhosa do Selma do Aconcágua.

São João de Meriti, RJ, 12 de novembro de 2007.

Valdemir Costa





O PRESIDENTE OBAMA E O DALAI LAMA

Dalai Lama chegou aos EUA no início de julho. Na foto, o líder participa de evento no Capitólio, em Washington, em 7 de julho (Foto: Brendan Smialowski/Getty Images/AFP)Dalai Lama chegou aos EUA no início de julho.
Na foto, o líder espiritual participa de evento
no Capitólio, em Washington, em 7 de julho
(Foto: Brendan Smialowski/Getty Images/AFP)

O presidente americano Barack Obama se reuniu neste sábado (16) na Casa Branca com Dalai Lama, apesar dos protestos da China. De acordo com uma delegação tibetana, a reunião começou por volta das 11h30 (12h30 de Brasília).

"Este encontro mostra o forte apoio do presidente em favor da preservação religiosa, cultural e linguística única no Tibete e da proteção dos Direitos Humanos dos tibetanos", indicou um comunicado da Casa Branca.

A Casa Branca anunciou a reunião na noite de sexta-feira (15) depois de um longo silêncio sobre um possível encontro entre Obama e o líder tibetano, que realiza uma visita a Washington desde o início de julho para celebrar um rito budista.

"O presidente vai reiterar seu apoio perdurável ao diálogo entre os representantes de Dalai Lama e o governo chinês para que resolvam suas divergências", acrescentou a presidência americana, indicando que o encontro seria realizado a portas fechadas


fonte site g1.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

DIA MUNDIAL DO ROCK



Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.[1]

Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos

países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.

Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock


fonte wikipedia

terça-feira, 12 de julho de 2011

Contos do cupim- Aspectos um Crime - CAP. FINAL Pré-disposição

Pré-disposição

O que mais torna este caso complicado é o fato de José ser um ex-presidiário, que por insistência de minha mulher resolvi ajudar num programa federal de ressocialização de ex-detentos, coincidência ou não José foi condenado por tentativa de furto em um deposito de alimentos, que fica no centro de Freitas Neto. Eu sempre botei esses pilantras atrás das grades, que é o lugar deles, mas depois de trinta e cincos anos de poder judiciário resolvi fazer este sacrifico de tentar ressocializar o detento José da silva, não sei o que levou ele a tentar roubar aquele deposito, porém o condenei a um ano e seis meses de prisão de segurança mínima, pena que podia ser revertida em trabalhos comunitários. José já cumpriu a pena, porém resolvemos ficar com ele trabalhando na casa pelo tempo que ele quiser, até ontem, quando Julia minha esposa veio com a notícia do sumiço do tão valioso anel. Depois da exposição dos fatos acho que é hora de ouvir o réu, com a palavra o senhor José da Silva:

- Primeiro doutor juiz eu quero te pedir desculpas, por ter abusado da confiança do senhor e de sua família. O senhor confiou em mim, quando todos só queriam me escorraçar, me deu uma casa para morar, me tratou como um filho, me deixou conviver com sua esposa e sua filha e eu o desrespeitei. Por isso confesso que fui eu quem roubou o anel, tinha dividas de jogo e precisava do dinheiro, foi isso Juiz!

- Então é só esperarmos a viatura da policia chegar para levá-lo de volta para a prisão e agora não serei eu quem o julgará, José serás julgado por juizinho recém-empossado doido para fazer sua carreira em cima de ladrõezinhos como você.

- Pai o senhor não acha, que chamar a policia é muito radical, é só um anel pai.

- Minha filha, não é o anel em si e sim o furto, sou um juiz não posso deixar que se pratique um crime dentro de minha própria casa.

- Pai o senhor esta sendo intransigente prepotente e sem coração.

- Calma minha filha não fale com o seu pai assim!

- Tudo bem Julia não importa o que Laura fale o fato é que ele pegou o anel e por isto será preso por bom tempo.

- Pai você não pode prender o José!

- Por que Laura?

- Por que não foi ele!

- Como pode dizer isso! Ele já fez isso uma vez e foi preso e agora será preso de novo.

- Não pai, não foi ele! E da primeira vez que ele entrou no deposito foi por que sua mãe e seu irmão menor estavam em casa morrendo de fome e ele então tentou pegar algumas sobras, que com certeza estragaram e foram jogadas no lixo.

- Laura não precisa me defender, eu já confessei é melhor assim!

- Isto minha filha admito, que naquela época teria algumas situações atenuantes, mas agora eu não vejo desculpas para ele ter feito o que fez Laura!

- Pai eu já disse que não foi ele!

- Então quem foi filha?

- Laura não fale nada para seu pai eu já confessei!

- Pai fui eu, quem pegou o anel da vovó!

- Filha por que voce pegaria o anel de sua avó?

- Por que estou gravida e queria fazer um aborto!

- Aborto! Por que quem é o pai?

- Sou eu Doutor!

- Laura você vai ter um filho do José filha!

- É pai eu sabia que o senhor não iria aprovar por isto resolvi fazer o aborto.

- Então era isso que você tanto discutia com o José no quintal

- Sim Doutor, eu não queria que ela tirasse o nosso filho, sou pobre, mas sou trabalhador e pretendo trabalhar para continuar dando o mesmo nível de vida, que o senhor dá a ela.

- Filha você quer ter este filho?

- Claro pai! É o que mais quero.

- E o José, você o ama filha?

- Muito pai, o José é um homem honrado, meigo inteligente e me ama de verdade.

- Tenho certeza disso filha, pois apenas um homem que ama uma mulher de verdade, faria o que ele fez hoje.

Depois de trinta e cinco anos de judiciário, fui descobrir em minha própria casa, o verdadeiro significado da palavra justiça, por que hoje foi cometido um crime aqui, mas não pelo José e sim por mim, pois deixei o preconceito obscurecer minha visão e se minha filha não tivesse aberto meus olhos, teria feito uma grande injustiça, os mentores do código penal brasileiro tem muito que aprender com a vida, pois na vida real a somatória de alguns míseros fatores, como motivo, oportunidade e pré-disposição, não são o bastante para se condenar um ser humano.

Fim

Contos do cupim- Aspectos um Crime - 2° CAP - A oportunidade

A oportunidade

Minha mulher já tinha me informado que as idas do José a casa, tinha se tornado muito mais freqüentes nos últimos três meses eu pensei ser só interesse literário, pois possuo uma vasta biblioteca, local este que José sempre estava. Como minha filha também esta se formando pedi para ela ensinar alguma coisa a ele, pois o rapaz mal tinha terminado a Quarta série do primário, e com isso resolvi dois problemas ocupava Laura minha filha e ela ficaria de olho no José no período em que ele estivesse dentro de casa, já que ele morava na casa dele. A casa do caseiro que fica perto do portão. Achei que ele estava gostando das aulas, pois cada dia ele estava mais empolgado, andava sempre com um livro para lá e para cá, passava suas horas de folga trancado na biblioteca com a Laura, mas de uns dias para cá perdeu todo o interesse nos estudos, pude até vê-los discutindo algumas vezes no quintal, quer dizer discutido não, Laura que falava algo que eu não entedia, acho que ela o chamava para voltar aos estudos e ele dizia não, pois esta era única palavra que consegui entender da conversa dos dois. Depois disso, as idas do José a casa se tornaram cada vez mais raras. Por isso, acho que se ele pegou mesmo o anel, foi numa dessas agora raras idas a casa.

Contos do cupim- Aspectos um Crime - 2° CAP - O motivo

O Motivo

Eu mesmo pude perceber que o José andava muito alterado estes últimos dias. Também tive noticias que ele andou perdendo algum dinheiro no jogo, coisa pouca, mas nunca se sabe, este vicio é danado. Com o fato dele ter vindo me pedir dinheiro esta semana uns dias antes do sumiço da jóia, só aumenta as minhas suspeitas, além disso ele sempre dizia que não queria ficar nesta vida de caseiro para sempre, dizia ele que tinha que arrumar trabalho em que pudesse sustentar uma família dar o bom e do melhor para uma esposa, acho até louvável este pensamento, mas nunca o vi com nenhuma namorada, pode ser que os motivos para José querer melhorar de vida possa ser pura ambição.

domingo, 10 de julho de 2011

POEMAS DO CUPIM - Só mais um poema de Amor

SÓ MAIS UM POEMA DE AMOR


E do nosso amor nada restou!

Nem lembrança, choro ou desespero

Por que do nosso amor nada restou!

Nem cartas inlegíveis ou fotos com figuras invisíveis

Por que do nosso amor nada restou!

Nem vontades esquecidas ou lagrimas roladas

Por que do nosso amor nada restou!

Nem mesmo este poema, pois se fala de amor

Não fala do nosso, e sim, do remorso, que gera a revolta

Megera, que indigna, mas não inspira nenhuma atitude.

Por que do nosso amor nada restou!

E o quê aconteceu se perdeu, sumiu!

Quer saber? do nosso amor que nada restou

Era uma mentira, que nem mesmo existiu.

Valdemir Costa

MANUAL PRÁTICO DO POETA VALDEMIR COSTA

Manual prático de como se fazer um poema em dez lições:


1ª. Lição: O poeta precisa se desligar do mundo, ficar em coma, de preferência físico, mas se não der pode ser alcoólico. Escrever como se estivesse em uma cadeira elétrica e se eletrocutasse a cada 5 segundos.

2ª. Lição: O poeta não pode ter medo de nada, o poema precisa ser poderoso, meio mafioso, o poeta precisa escrever como se estivesse se afogando em algo gostoso.

3ª. Lição: O poeta precisa escrever algo diferente, inusitado e ao mesmo tempo algo que todos conheçam. Algo perfeito e raro como um diamante ou prático e comum como um rolo de barbante.

4ª. Lição: O poeta precisa ser incisivo, específico e ao mesmo tempo superficial. Falar de um assunto sem dizer coisa alguma e ser compreendido, falar de vários assuntos com o mesmo tema ou variar o tema, mas manter o assunto. Ser prolixo sem falar absolutamente nada.

5ª. Lição: O poeta precisa sair do nada e ir em direção ao infinito. Não se importando se no final o poema ficará feio ou bonito, na verdade o poeta não pode se preocupar nem com a sua própria vida.

6ª. Lição: O poeta não pode ter escrúpulos, não poupe ninguém, mate todos no final, afinal! Estamos em guerra contra o aqui e o agora. Não pense, nem mire, só atire. Se acertar tudo bem, se não vá embora.
7ª. Lição: O poeta não precisa entender o poema, poema não precisa ser entendido, nem explicado. Poema é para ser sentido, cheirado, comido, como olhos de peixe, manga madura e jiló. Poesia é pimenta! Não é alimento, não sustenta, como leite em pó.

8ª. Lição: O poeta deve desconfiar de tudo, o poema precisa ser sujo. Ser bosta na forma de adubo. Sórdido como o vôo perfeito do super-men, sagrado como NY, São Paulo, Greenwich e Jerusalém.
9ª. Lição: O poeta precisa ser sem vergonha, fumar maconha, injetar na veia, ouvir o canto da sereia, andar pelado, nadar suado, se embriagar com o nada e se afogar no vazio.
10ª. Lição: O poeta não pode procurar a verdade, ele precisa ser a verdade, maciço com como o granito, mole como pipoca. Ser de rio e de mar como uma pororoca.

Na verdade o poema verdadeiramente poético é superficialmente abissal, metodicamente visceral, é o arquétipo de si. É o bem e o mal mastigados na boca de um dragão. É a antítese do sim, mas não é um não.



Bloco domiciliar cinco Meriti, Estado Continente Rio de Janeiro, 06 de
Janeiro de 3495.
Valdemir Jose da Costa